A Toyota, uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, anunciou recentemente a suspensão de seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em suas operações nos Estados Unidos, após ser alvo de críticas e protestos contra sua suposta adesão à chamada “agenda woke”.
A empresa, que conta com cerca de 50 mil funcionários distribuídos em 1,5 mil concessionárias no país, foi pressionada por ativistas conservadores a repensar seu apoio a pautas progressistas, incluindo questões LGBT e climáticas.
Um dos principais responsáveis por mobilizar esses protestos foi Robby Starbuck, um ativista conservador com grande influência nas redes sociais.
Starbuck acusou a Toyota de patrocinar eventos e programas que, segundo ele, promovem a agenda woke, como acampamentos de verão para crianças LGBT e o financiamento de grupos que defendem a legalização da mudança de sexo para menores de idade. Em resposta, a Toyota decidiu encerrar seus programas de DEI, revertendo seu apoio a essas causas.
Starbuck criticou a empresa por, em sua visão, ter se afastado dos valores dos seus principais consumidores, especialmente as famílias americanas e japonesas, que, segundo ele, não compartilham das pautas progressistas promovidas pela multinacional. Ele destacou que, para muitas dessas empresas, adotar uma postura de neutralidade em relação às questões morais seria uma forma mais eficaz de manter sua base de consumidores.
A Toyota não foi a única companhia a sofrer pressão nesse sentido. Outras marcas como Harley-Davidson, John Deere e Jack Daniel’s também optaram por encerrar seu apoio a pautas progressistas após protestos similares. A rede de fast food Chick-fil-A, por exemplo, se recusou a apoiar a agenda LGBT+ em 2012 e, ao contrário do que os boicotes dos ativistas previam, continuou a crescer e aumentar seus lucros, sugerindo que a maioria dos consumidores não apoia as narrativas ideológicas da agenda woke.
Starbuck acredita que as empresas que adotam a neutralidade em relação a questões ideológicas estarão mais bem preparadas para o futuro, pois respeitam as crenças dos consumidores sem desrespeitar as minorias.