Uma nova pesquisa realizada pelo Instituto de Fé e Cultura em parceria com a Lifeway Research revelou que, apesar de a maioria dos evangélicos reconhecer a responsabilidade de compartilhar os ensinamentos bíblicos, muitos se sentem despreparados para isso. O levantamento, intitulado Pesquisa sobre Engajamento Cultural Cristão de 2024, indicou que 92% dos entrevistados acreditam que é dever do cristão “compartilhar verdades da Palavra de Deus com pessoas que têm visões diferentes”. No entanto, apenas 35% se consideram prontos para fazer isso em relação a questões culturais e polêmicas.
A pesquisa revelou que apenas 18% dos evangélicos estão “prontos para qualquer oportunidade de compartilhar o que a Bíblia diz”, enquanto 32% estão prontos apenas para discutir algumas verdades que conhecem bem. Cerca de 14% dos participantes admitiram que não se sentem prontos para a maioria das oportunidades de compartilhar os ensinamentos bíblicos, destacando uma necessidade crescente de capacitação dentro das igrejas.
Apesar dessa insegurança, a pesquisa indicou que 78% dos entrevistados acreditam que suas igrejas estão, de alguma forma, preparando-os para tais conversas. No entanto, apenas 37% reconheceram que suas igrejas criam ambientes específicos para discutir as diferenças entre os valores da cultura moderna e os da Bíblia.
O CEO da Lifeway Research, Scott McConnell, destacou a disparidade entre o grande número de evangélicos que reconhecem sua responsabilidade de compartilhar a verdade bíblica e o número daqueles que se sentem efetivamente prontos para fazê-lo. “As igrejas precisam se esforçar mais para ajudar os evangélicos a se envolverem em conversas com pessoas cujas visões divergem da Bíblia”, afirmou.
Segundo The Christian Post, outro ponto interessante da pesquisa foi a questão sobre o envolvimento cristão na política. Embora 44% dos evangélicos discordem fortemente da ideia de que “Deus não se importa com a forma como votam”, cerca de 24% ainda acreditam que a maneira como votam não tem importância espiritual. Esse dado reflete a complexidade de como muitos cristãos enxergam seu papel como cidadãos e servos de Deus.
A pesquisa também mostrou que a maioria dos evangélicos se sente mais à vontade para promover a perspectiva bíblica entre aqueles que conhecem. No entanto, quando confrontados com situações em que a posição bíblica não é popular, apenas uma pluralidade admite buscar essas oportunidades com frequência.