pastor Silas Malafaia concedeu entrevista, ao vivo, à GloboNews na tarde desta quinta-feira (10). Na oportunidade, o líder religioso foi questionado sobre as recentes críticas feitas à postura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acerca do que havia classificado como “apoio dúbio” às candidaturas no primeiro turno das eleições municipais, o que estaria confundindo seus apoiadores.
Malafaia negou que a direita esteja rachada e afirmou que essas discordâncias fazem parte de um processo natural de maturidade, e que promovem o amadurecimento político. O presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec) disse que está dando um “choque de ordem na direita”, um “choque de realidade”.
Quanto à relação com Jair Bolsonaro, após as duras críticas feitas por ele contra o líder conservador, à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, na última segunda-feira (7), Malafaia disse que tem liberdade para pontuar erros e acertos. Apesar de ter ficado aborrecido com o tom da reprovação pública, eles já se entenderam. Para o pastor, ele precisa criticar e elogiar para não perder sua credibilidade.
– Eu confrontei ele para despertá-lo. Eu sou aliado e vou continuar a ser. Eu sou da infantaria, eu sou do pau. Na hora da guerra, eu não me escondo, é só ver a minha história com ele. Então, ele não fez, nós não fizemos análise crítica. Ele reclamou, com muito direito, da minha veemência, do que eu falei, ele reclamou: “Pô, Malafaia, você pegou pesado demais, assim não, pô”. Aí, eu mostrei o outro lado, mas não teve discussão, nem análise… (…) Eu falo muito com ele no zap e daqui a pouco ele toma uma atitude. Eu tenho certeza que eu estou ajudando ele a pensar um pouco mais em próximas eleições. Sob postura de líder que ele é. É o maior líder da direita inconteste – afirmou.
Ainda sobre a relação com Bolsonaro, Malafaia declarou:
– A conversa [com Bolsonaro] é rápida por zap. (…) No dia que saiu a matéria, eu já falei com ele porque eu tenho muita liberdade com Bolsonaro, de falar, de criticar. Ele aceita, ele é um cara que muita gente está enganada: “Ah, esse cara é um ditador, não aceita nada…”. Não. Ele me escuta muito. (…) Eu faço duras críticas pra ajudá-lo. Eu aprendi um ditado: “Amigo é aquele que diz que o outro está com mau hálito”.