Um artigo recente do jornal Haaretz revelou que o Irã conseguiu contrabandear ao menos US$ 150 milhões para o Hamas ao longo de seis anos, burlando a inteligência israelense.
Esse financiamento foi essencial para o planejamento e execução do ataque de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel. Segundo o articulista Yossi Melman, o contrabando ocorreu por meio de intermediários no Líbano, na Síria e na Turquia, utilizando métodos clandestinos, como criptomoedas.
Melman criticou as falhas da inteligência israelense, que se concentrou em ameaças mais imediatas, permitindo que o Hamas, com a ajuda financeira do Irã, se armasse e construísse uma infraestrutura militar sem ser detectado. Entre 2014 e 2020, os US$ 150 milhões contrabandeados foram utilizados pelo Hamas para construir túneis em Gaza e armazenar recursos militares.
A inteligência israelense, desde então, ajustou suas operações e tem conseguido neutralizar algumas iniciativas do Hamas e do Hezbollah, que também têm contado com apoio iraniano. Em setembro de 2023, operações estratégicas israelenses resultaram em perdas para o Hezbollah, deixando o grupo incapaz de reagir a tempo.