Tomás de Aquino (1225-74) foi um dos mais célebres defensores da fé. Entretanto, apenas três meses antes de sua morte, algo fez com que ele deixasse incompleto o maior legado de sua vida: a Suma Teológica. Ao refletir no corpo ferido e no sangue derramado de Cristo, Aquino afirmou ter tido uma visão que o deixou sem palavras. Ele disse: “Não posso mais escrever, porque vi coisas que fazem meus escritos parecerem palha”.
Antes de Aquino, Paulo também teve uma visão. Em 2 Coríntios, o apóstolo descreve, falando de si mesmo: “Sim, somente Deus sabe se foi no corpo ou fora do corpo. Mas eu sei que tal homem foi arrebatado ao paraíso e ouviu coisas tão maravilhosas que não podem ser expressas em palavras…” (vv.3-4).
Ambos deixaram para nós refletirmos sobre uma imensidão de bondade que nem palavras, nem razão podem expressar. O que Aquino viu deixou-o sem esperança de que seu livro faria jus ao Deus que enviou Seu Filho para ser crucificado por nós. Em contrapartida, Paulo continuou escrevendo, mesmo sabendo que não poderia expressar ou concluir sua obra pela própria força.
Por todas as provações por que Paulo passou no ministério (2 Co 11:16-33; 12:8-9), ele pôde olhar para trás e, em sua fraqueza, maravilhar-se da bondade e graça inexprimíveis.
Você já passou por problemas que lhe pareceram uma maldição? Deus já se revelou a você de formas inexplicáveis?
Pai, em minha fraqueza dá-me coragem para encontrar força e perceber Tua presença inexprimível.