O candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), foi novamente o mais votado entre os presos provisórios e jovens internos na capital paulista, com 73,53% dos votos válidos no segundo turno realizado neste domingo (27).
Com 476 votos contabilizados nas 14 seções eleitorais instaladas em centros de detenção e na Fundação Casa, Boulos obteve 350 votos, enquanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) recebeu 126, representando 26,47% dos votos.
Boulos alcançou a totalidade dos votos em unidades como o Centro de Detenção Provisória IV de Pinheiros, onde obteve todos os 10 votos depositados. Situação semelhante ocorreu no Internato Pirituba, onde o candidato do PSOL foi votado por todos os 33 internos que participaram.
A única exceção ocorreu no Presídio da Polícia Militar, na Zona Norte, onde Nunes recebeu 32 votos contra apenas três de Boulos. Houve também um empate na Fundação Casa – Chiquinha Gonzaga, com cada candidato recebendo cinco votos.
De acordo com a legislação brasileira, presos provisórios e jovens internos, que cumprem medidas socioeducativas e não possuem condenação criminal definitiva, têm garantido o direito ao voto. Em São Paulo, essa participação ocorre em seções eleitorais especiais, onde os mesários são selecionados entre servidores públicos e advogados, respeitando critérios de segurança e imparcialidade.