Craig Huey, pesquisador cristão e autor de livros sobre política e fé, alertou que as igrejas não estão fazendo o suficiente para garantir que os eleitores evangélicos participem ativamente das eleições presidenciais de 2024.
Ele destacou o impacto que o grande número de evangélicos que não votaram em 2020 teve no resultado eleitoral e como a falta de mobilização pode novamente ser decisiva.
Huey, autor de The Christian Voter: How to Vote For, Not Against, Your Values ??to Transform Culture and Politics, revelou que cerca de 6,9 milhões de evangélicos nos principais estados indecisos não votaram em 2020.
Se a maioria desses eleitores tivesse participado, Huey estima que poderiam ter alterado o resultado a favor de Donald Trump, especialmente em estados como Arizona, Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, onde Joe Biden venceu por margens pequenas. Ele afirma que cerca de 84% desses eleitores teriam votado em Trump.
A pesquisa mostrou que os evangélicos são um bloco eleitoral decisivo, e Huey acredita que os pastores têm um papel crucial em mobilizar suas congregações. Ele criticou a falta de envolvimento de muitas igrejas e pastores, que, por medo de represálias ou divisões dentro de suas congregações, não encorajam seus fiéis a votar.
Para Huey, a inatividade dos pastores contribui para a baixa participação eleitoral dos evangélicos, o que pode ser decisivo para o resultado de 2024.
Ele também lembrou como as igrejas desempenharam um papel ativo em movimentos históricos, como a Revolução Americana e a abolição da escravidão, e sugeriu que as igrejas deveriam novamente se tornar um centro de mobilização social e política.
Huey concluiu pedindo que as igrejas registrem eleitores e incentivem seus membros a participar ativamente do processo eleitoral, destacando que o silêncio dos líderes religiosos pode custar caro para os valores cristãos na política americana.