O movimento Gafcon, representando anglicanos ortodoxos e conservadores, emitiu uma declaração no Dia da Reforma, criticando o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, por seus recentes comentários sobre o casamento e a sexualidade. Em uma carta pública, o Conselho dos Primazes da Gafcon pediu que Welby se arrependa de endossar atitudes que, segundo eles, contradizem a doutrina bíblica.
A crítica se concentra em uma suposta mudança na “doutrina do pecado”, especialmente quando Welby afirmou que, embora o casamento entre pessoas do mesmo sexo não fosse oficialmente permitido, ele endossava certas bênçãos para esses casais. Para o Gafcon, essa postura promove uma “santificação do pecado”, comparando-a ao ensino de “Jezabel” na igreja de Tiatira, citado em Apocalipse 2. Segundo os primazes da Gafcon, tolerar ou abençoar práticas sexuais fora do casamento tradicional resulta em afastamento dos ensinamentos de Cristo e sujeita a igreja ao julgamento divino.
A resposta do movimento vai além da crítica ao Arcebispo: reforça seu compromisso com a “Rede Anglicana na Europa”, que fornece apoio para os que não conseguem permanecer nas estruturas revisionistas da Igreja Anglicana. A Gafcon e a GSFA (Fellowship Anglicana do Sul Global) já rejeitaram a autoridade do Arcebispo de Canterbury, seguindo uma orientação de missão, evangelismo e plantação de igrejas, ancorados na interpretação tradicional das Escrituras.
Embora a declaração não tenha poder de mudar a posição de Welby, a Gafcon assegura àqueles que defendem o casamento bíblico que eles não estão sozinhos. Segundo o movimento, os anglicanos fiéis estão unidos em uma luta pela fé e pela doutrina de Cristo conforme recebida historicamente pela Igreja da Inglaterra, e não desistirão de defender essa causa.