Na quarta-feira, o reverendo Franklin Graham destacou os efeitos de seu conselho ao presidente Donald Trump sobre o uso de palavrões em seus discursos.

Em uma publicação feita no X, Graham explicou que, ao sugerir que Trump evitasse linguagem vulgar, seu objetivo não era apenas uma crítica pessoal, mas sim um desejo de que o presidente fosse um exemplo positivo em uma cultura marcada por palavras descuidadas

Graham lembrou o versículo bíblico de Mateus 12:36, que adverte sobre o impacto das palavras na vida espiritual: “Eu lhes digo que, no dia do julgamento, as pessoas darão conta de cada palavra descuidada que falarem”. O reverendo reforçou que a linguagem cuidadosa poderia tornar a narrativa de Trump mais eficaz.

Ele ainda mencionou que, ao longo do tempo, sempre que Trump utilizava palavras fortes, a carta que lhe enviara parecia vir à mente do presidente, sugerindo que a sugestão de Graham tocara um ponto importante.

O presidente, no entanto, havia respondido a esse conselho em um comício de campanha no ano anterior, afirmando que o reverendo estava “errado” em sua análise. Trump justificou o uso de palavrões, argumentando que, em determinados contextos, essas palavras eram necessárias para dar ênfase ao seu ponto, sem as quais seu discurso perderia força.

Apesar das diferenças quanto ao uso da linguagem, Graham continuou a apoiar Trump, mas sempre deixou claro que, em sua função como líder da organização beneficente Samaritan’s Purse e da Billy Graham Evangelistic Association, não endossava oficialmente nenhum candidato. Além disso, em outras ocasiões, Graham se posicionou publicamente em favor de Trump, como em 2021, quando comparou os republicanos que votaram a favor do impeachment do presidente a Judas Iscariotes.

O reverendo também tem elogiado as políticas de Trump, como a redução de impostos, o fortalecimento da economia e sua postura frente à Coreia do Norte e ao Oriente Médio. Em 2024, à medida que a eleição se aproxima, ele tem repetido a opinião de que as acusações criminais contra Trump são “motivadas politicamente”, defendendo o presidente e até conduzindo uma oração durante sua segunda posse, de acordo com informações do The Christian Post.