Por Mauricio Leiro
Apesar de distantes, temporal e fisicamente, as eleições nos Estados Unidos da América já começam a impactar no cenário político brasileiro. O xadrez político nacional é tradicionalmente influenciado pelo “Tio Sam”, principalmente com o vitorioso pelas bandas de lá. A retumbante vitória de Donald Trump, retornando ao comando do país após quatro anos, já tem animado e aquecido o ex-presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro e os seus aliados.
Na esteira do movimento conservador mundial, o Brasil, sem dúvidas, será impactado por essa nova onda. Com pendências judiciais semelhantes, Trump e Bolsonaro respondem pelos ataques a marcos da democracia de seus países. Porém, com a vitória de Trump, um movimento de indultos também pode ser “exportado” pelos americanos. Animado com a possibilidade de ter seus atos absolvidos pelo Judiciário brasileiro, Bolsonaro já cravou: “serei o candidato em 2026”.
Mas, e se Bolsonaro, de fato, for o nome da oposição na disputa em 2026? A principal pergunta, que incide diretamente na Bahia, é: como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto irá se comportar com mais um embate entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro? O último pleito serviu como alerta de que uma posição neutra com relação ao candidato à presidência impactou diretamente na eleição de 2022. Ainda buscando um candidato para chamar de seu, ACM Neto tem reforçado o coro para uma candidatura do governador de Goiás Ronaldo Caiado, integrante de seu partido.