O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou sobre sua fé e afirmou que após sobreviver a tentativa de assassinato no ano passado, seu relacionamento com Deus mudou.
"Acredito que minha vida foi salva naquele dia em Butler por um bom motivo. Fui salvo por Deus para tornar a América grande novamente. Eu acredito nisso", declarou Trump durante seu discurso em uma sessão conjunta do Congresso no mês passado.
Esta nova perspectiva sobre Deus está se tornando central no segundo mandato do presidente. Em fevereiro, no Café da Manhã Nacional de Oração, Trump refletiu:
"Sinto que algo mudou em mim. Me sinto ainda mais forte. Eu acreditava em Deus, mas agora tenho uma convicção muito maior sobre Ele".
Segundo Trump, no momento do atentado, não foi apenas uma virada de cabeça que lhe deu sorte — foi uma intervenção divina: "Deus fez isso”.
Trump frequentemente atribui à sua educação presbiteriana a formação de seu senso moral desde cedo e, segundo ele, seu destino.
Na Cúpula Nacional da Fé de 2024, ele contou que frequentava a escola dominical, assistia às cruzadas de Billy Graham e ffoi criado por uma cristã.
"Tive a bênção de ser criado em um lar cristão e essa fé vive em meu coração todos os dias", declarou Trump.
A fé nos EUA
Conforme o presidente, essa base é essencial não apenas para ele pessoalmente, mas para toda a América.
Nos últimos dois anos, Trump repetidamente alertou sobre o declínio espiritual dos Estados Unidos.
"Uma das razões pelas quais nosso país perdeu muito é que não somos mais religiosos como antes", disse ele em uma entrevista em agosto de 2024 à Fox News.
Para ele, o papel do governo durante a pandemia se tornou um ponto crítico para este declínio:
"As pessoas nem tinham permissão para se reunir. Eles prendiam todo mundo. Eles eram fascistas. Eles eram horríveis. Aquela foi uma época muito ruim para a religião — mas, ela te dá esperança".
No evento da Coalizão Fé e Liberdade de 2023, Trump alertou: "A religião está perdendo importância e popularidade. Não se trata de popularidade. Amamos a Deus e queremos nos proteger. Ela mantém você seguro. Mantém você honesto. Mantém você bom. Mantém você gentil. Faz você ajudar outras pessoas. E eles estão tentando tirar isso de você".
Desde o púlpito da Casa Branca até os comícios lotados em megaigrejas, Trump utilizou sua presidência para promover a liberdade religiosa como um dos pilares de sua liderança.
"Enquanto eu for presidente, ninguém vai impedi-lo de praticar sua fé ou de pregar o que está em seu coração", disse ele durante seu primeiro mandato em 2017.
Desde então, ele tem repetido essa promessa: "A fé nos inspira a ser melhores, a ser mais fortes, a ser mais atenciosos e generosos. É hora de acabar com os ataques à religião".
No jantar do Dia Nacional de Oração de 2019, ele disse: "Nossa Declaração de Independência proclama que nossos direitos nos são concedidos pelo nosso Criador. Cada vez que juramos fidelidade à nossa bandeira, afirmamos que somos uma nação sob Deus".
Já no evento de 2017, o presidente afirmou: "A liberdade não é um presente do governo, mas sim um presente de Deus. A América prosperará, contanto que continuemos a ter fé uns nos outros e em Deus".