As apostas online, operadas por empresas popularmente conhecidas como "bets", estão se tornando uma preocupação crescente no Brasil.
A facilidade de acesso a essas plataformas de jogos, que contam com diversas empresas operando no país, pode ser um dos fatores que explicam a grande adesão a essa modalidade de apostas.
Embora pareçam inofensivas, essas apostas podem rapidamente se transformar em um comportamento de risco, criando um ciclo vicioso de perdas e tentativas constantes de recuperar o dinheiro perdido.
As famílias de baixa renda são as mais impactadas, sofrendo uma redução significativa nas economias e até dificuldades para pagar contas essenciais.
Em agosto de 2024, cerca de 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram aproximadamente R$ 3 bilhões em apostas online.
Em resposta a essa situação, o Governo Federal divulgou uma portaria que regulamenta as plataformas de apostas no Brasil, com previsão de entrada em vigor em janeiro de 2025.
Na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) convocou uma audiência pública para discutir os impactos das apostas online no Brasil, que está marcada para o dia 11 de novembro.
Em outubro, o programa “Gaúcha Mais” ouviu três membros do grupo de Jogadores Anônimos de Porto Alegre, que compartilharam relatos sobre o impacto do vício em apostas em suas vidas.
Todos relatam ter perdido dinheiro, além de enfrentarem impactos emocionais e sociais devido ao vício.
Para abordar os aspectos emocionais que as apostas online promovem, o Guiame entrevistou Eliézer Caroliv, psicólogo, teólogo e mestre em ciências da religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.