A Comissão de Educação e Cultura (CE) aprovou de forma terminativa, na última terça-feira (17), um projeto que institui o Dia Nacional da Música Gospel, a ser celebrado anualmente em 9 de junho. Se não houver recurso para votação em plenário, a proposta seguirá para sanção presidencial.
O PL 3.090/2023, de autoria do deputado federal Raimundo Santos (PSD-PA), membro da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), destaca que “no Brasil, a música gospel rapidamente conquistou corações e mentes, absorvendo influências da música brasileira, tanto religiosa quanto secular”.
Na proposta, Santos argumenta que a música gospel é hoje um importante segmento da indústria fonográfica, caracterizada por sua riqueza e diversidade. Ele ressalta que “os brasileiros transformaram uma manifestação cultural e espiritual estrangeira em algo profundamente nosso, que merece ser difundido, indo além de nossas fronteiras. A religiosidade evangélica não pode ser pensada no Brasil sem a sua dimensão musical”.
O PL contou com parecer favorável do senador Marcos Rogério (PL-RO). Ao votar, ele enfatizou que a proposta visa reconhecer a música gospel, que ganhou destaque nas últimas décadas, como um patrimônio cultural e espiritual significativo para a sociedade.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) leu o relatório que apoiou a aprovação do projeto, destacando que “a música gospel desempenha um papel vital no fortalecimento espiritual, na união comunitária e na transformação social, merecendo o apoio do poder público”.
Por que 9 de junho?
A data foi escolhida em homenagem à missionária sueca Frida Maria Strandberg Vingren (1891-1940), em alusão ao dia de seu nascimento. Frida teve um papel fundamental na Harpa Cristã, o hinário oficial das Assembleias de Deus no Brasil, lançado em 1922.
Multi-instrumentista, cantora e compositora, Frida criou mais de 20 hinos da Harpa Cristã, incluindo o famoso “Hino 126 – Bem Aventurança do Crente”. Além de sua atuação musical, ela era enfermeira, jornalista, poetisa, articulista e tradutora, e foi casada com Gunnar Vingren (1879-1933), cofundador da Assembleia de Deus em Belém do Pará, ao lado de Daniel Berg (1884-1963), ambos também suecos.
Fonte: Comunhão