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Por Frances Mao
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que um ataque de um Estado não nuclear apoiado por um com armas nucleares seria considerado pelo seu governo como um "ataque conjunto". Suas declarações estão sendo interpretadas como uma possível ameaça de uso de armas nucleares na guerra na Ucrânia.
Putin disse na quarta-feira (25/9) que seu governo estava considerando mudar as regras e pré-condições em torno das quais a Rússia usaria seu arsenal nuclear.
A Ucrânia é um Estado não nuclear que recebe apoio militar dos EUA e de outros países com armas nucleares.
O comentário de Putin foi feito em um momento em que Kiev busca aprovação para usar mísseis ocidentais de longo alcance contra alvos militares na Rússia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, viajou para os EUA esta semana e deve se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington ontem. O pedido de Kiev é o principal item da agenda.
A Ucrânia invadiu o território russo este ano e quer atingir bases dentro da Rússia, que estariam enviando mísseis para a Ucrânia.
Em resposta aos comentários de Putin, o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, disse que a Rússia "não tem mais nada além de chantagem nuclear para intimidar o mundo".
Putin já ameaçou usar armas nucleares antes. A Ucrânia criticou as ameaças nucleares de Putin, afirmando que ele tenta dissuadir os aliados da Ucrânia para que eles parem de fornecer apoio.
A China, aliada da Rússia, pediu calma aos russos, com relatos de que o presidente Xi Jinping teria alertado Putin contra o uso de armas nucleares.
Mas na quarta-feira, após uma reunião com seu Conselho de Segurança, Putin anunciou sua proposta.
Uma nova doutrina nuclear "definiria claramente as condições para a Rússia fazer a transição para o uso de armas nucleares", ele alertou — e disse que tais cenários incluíam ataques de mísseis convencionais contra Moscou.
Fonte: Da BBC News