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Se você costuma acordar com uma sensação de fadiga após uma noite de sono interrompido e maldormido, é importante ficar atento: isso pode ser um sinal de alerta para doenças cardiovasculares. Um estudo publicado no Journal of Clinical Sleep Medicine identifica uma correlação significativa entre insônia e doenças do sistema cardiovascular, como entupimentos das coronárias, fibrilação atrial, insuficiência cardíaca, hipertensão e acidente vascular cerebral isquêmico e hemorrágico — além do infarto.
Em março, a Associação Mundial de Medicina do Sono e da Federação Mundial do Sono lançou o slogan: “Faça da saúde do sono uma prioridade”. Segundo a Associação Americana de Cardiologia, o sono é tão importante que está listado entre os oito fatores para uma vida plena: ter boa alimentação, fazer atividade física, não fumar, controlar o peso, o colesterol e a pressão arterial, gerenciar o açúcar no sangue e ter um sono de qualidade.
O problema é que muita gente parece estar brigando com o travesseiro. O estudo da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo constatou que 59% dos entrevistados dormem menos de 6 horas, têm sono entrecortado e episódios recorrentes de insônia – definida como a dificuldade em iniciar ou manter o sono. Em boa parte das ocorrências, a insônia não é a causa em si, mas a consequência de outros problemas de saúde.
Embora os casos mais sérios requeiram acompanhamento médico, especialistas afirmam que algumas atitudes simples podem melhorar o sono e, consequentemente, a saúde cardiovascular: vá para a cama apenas quando estiver com sono; evite estímulos visuais, como assistir à TV ou mexer no celular, perto da hora de dormir; mantenha o aposento em que dorme com pouca ou nenhuma luz (se necessário, use uma máscara escura para cobrir os olhos); não faça refeições menos de 3 horas antes de dormir; ouça músicas suaves; realize exercícios respiratórios e faça orações para relaxar o corpo e a mente – assim, estará criando as condições ideais para um sono reparador.
