A ordem foi dada para que o inimigo preparasse seus exércitos e marchasse contra a cidade do grande Rei (Sl 48.2b), que, com a sua pompa, seria vencida. Essa seria uma das batalhas mais espetaculares que os oponentes de Israel travariam. Jerusalém ? outrora capital de Israel e, depois, de Judá ? era como uma rosa que todos suspiravam para obter e cairia como qualquer outra cidade conquistada pelos babilônicos, porque seus habitantes haviam se afastado de Deus.
A cada dia, ouvimos sobre pessoas que, um dia, foram usadas com poder pelo Senhor, mas sucumbiram às tentações. Ora, o salvo que não falar de Cristo e do amor do Pai aos perdidos, quando menos esperar, estará nas mãos do diabo por não ter temor a Deus. Não é de admirar que outros povos se coloquem contra quem não tem a fé que vem por ouvir a Palavra nem persevera no Caminho santo (Rm 10.17).
A decisão havia sido tomada. Então, veio a convocação dizendo que era a hora de eles se levantarem. Quem deveria se levantar? Todo aquele que ama a Verdade e dá ao Senhor o merecido louvor. Por causa das suas transgressões, os habitantes de Jerusalém sofreriam, porque o Altíssimo tinha dado ao adversário permissão para agir contra eles, pois não mais Lhe serviam de coração. Os rebeldes iriam para a olaria de Deus (Jr 18), a fim de aprender como servir a Ele.
A hora da invasão estava marcada. Aconteceria quando o sol estivesse mais forte. Milhares de soldados estavam prontos para entrar na Cidade Santa. Nos dias de Ezequias, Isaías havia profetizado que os assírios não a atacariam; e, de fato, em uma noite, eles perderam 185 mil soldados (2 Rs 19.35). Agora era diferente, pois os babilônicos haviam recebido permissão do Céu para invadi-la. Isso ensinaria aos filhos de Jacó o que acontece quando se deixa de obedecer a Deus.
Os babilônicos agiriam de modo diferente dos outros exércitos, que só lutavam de dia, pois atacariam ao meio-dia e lutariam até o anoitecer, derramando todo o seu ódio contra o povo que era chamado pelo Nome do Senhor. A destruição de Jerusalém seria total. Assim, vencida sua resistência, os sobreviventes seriam divididos em grupos. Os bem instruídos e os que tinham algum ofício seriam levados para servirem ao rei Nabucodonosor. Os demais seriam deixados na cidade arrasada.
As sombras da tarde já se estendiam sobre os moradores de Jerusalém como um lembrete de que, em breve, a noite cairia, quando não teriam a luz do Céu para ajudá-los. A verdadeira noite sobrevém aos que gostam de pecar e não se arrependem (Jo 9.4b). Pobre de quem não andava em obediência a Deus! Por 70 anos, não veria a glória da cidade que simboliza a presença divina! Os judeus viveriam debaixo do chicote do inimigo.
Hoje, as sombras da tarde ameaçam quem não tem a fé pura no Senhor. A volta de Jesus está próxima, e muitos não subirão com os santos ao Céu, para viver ao lado do Salvador (1 Ts 4.16,17). Porque se desviaram, foram vencidos por quem jamais pensaram, e não irão muito longe. É melhor crer na Palavra e entregar-se a Cristo!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Oração de Hoje
Pai da liberdade! Os dias em que vivemos são semelhantes aos vivenciados pelo povo de Jerusalém, que não cria que Tu permitirias a invasão do exército do rei Nabucodonosor. Quantos serão deixados na Terra para sofrer após a volta de Cristo?
Enquanto isso, a Igreja se prepara para infligir ao inimigo a maior derrota. Muitos se surpreenderão com o que acontecerá. Nós, porém, seremos vitoriosos a ponto de exultarmos!
Para alguns, a volta do Filho de Deus será ao amanhecer; para outros, ao meio-dia; para o restante, à tarde ou à noite. Na verdade, poderá ocorrer a qualquer hora. Será um evento global, ocorrendo ao mesmo tempo na Terra. Deus, agradecemos por nos preparares para subir com Cristo!