Beto, um adolescente de treze anos, estava encafuado em um cantinho da sala, chorando muito e com uma expressão de raiva estampada no rosto, quando sua tia Leila chegou em sua casa, para lhes fazer uma visita. Ele estava com o rosto todo avermelhado porque, além da raiva que estava sentindo, também havia levado uma bofetada na cara, dada pelo pai, ao fragá-lo fumando um cigarro nos fundos do quintal.
O pai de Beto também, com o rosto afogueado pela ira, explicou para sua irmã que acabava de chegar, o que havia acontecido. Ele procurava justificar sua atitude violenta, alegando que não permitiria que seu filho fosse um fumante. Afinal, o cigarro é um vício degradante, nojento, além de mortal.
O Beto, embora adolescente, já estava se enveredando pelo caminho do vício, não só do cigarro, mas também da bebida e de outras drogas entorpecentes, como depois se soube.
Aquele pai desesperado, “perdeu a cabeça” quando percebeu os riscos que seu filho corria envolvendo-se com um vício tão perigoso, porém, tão tolerado e aceito na sociedade.
Sua irmã que o visitava, ao ouvir suas alegações, concordou totalmente com seus argumentos, mas chamando-o à parte, repreendeu-o dizendo:
Você está certo em ficar preocupado com seu filho, por estar fumando já nessa idade. Mas deveria ter dado essa bofetada na sua própria cara. Porque nada é mais contagioso, quer para as virtudes, quer para os vícios de um filho, do que o exemplo que seus pais lhe passam!
Portanto, saiba que o que você faz fala tão alto, que ele não consegui ouvir o que você fala.
3 Lições da ilustração sobre o valor do exemplo
Bem comum na sociedade em que vivemos, sermos cobrados por pessoas que não tem o mínino exemplo de vida. Quer ver algo muito comum que presenciamos quase todos os domingos na escola bíblica dominical, os pais encostam o carro em frente a igreja, os filhos descem para ouvir mais aula, e os pais simplesmente voltam para suas casas.
Pois bem, você acha que esses jovens e adolescentes vão ter força por muito tempo para continuar indo? Certamente não, e vou além, já vimos vários que desistiram e hoje os pais choram, implorando a Deus para que eles retornem a casa paterna.
Separei aqui três lições que ilustram o valor do exemplo:
1. Nunca espere que seu filho seja o que você não é: Todo o seu empenho e tempo empregados na educação, correção, instrução e disciplina, de nada valerão, se você não os preceder, trilhando os caminhos corretos que almeja que seus filhos sigam.
2. Para ensinar é preciso saber, mas para educar é preciso ser: Para ensinar um filho é necessário preparo e conhecimento, mas para educá-lo é preciso ser seu exemplo.
3. Você tem que ser o modelo no qual seu filho se espelhará, tanto quanto Jesus o é para você: Para educar um filho com sucesso, precisamos alcançar tal nível de caráter.
Versículo para meditação
Que possamos entender o valor do exemplo, como disse o apóstolo Paulo:
“Seja o meu imitador, como eu sou de Cristo.” (1 Coríntios 11:1)
Reflexão sobre o valor do exemplo
Não há modo mais excelente de ensinar ou de ordenar do que o exemplo. O exemplo é persuasivo, convincente e abatedor de desculpas ou argumentações. Por isso, pelo seu modo de viver, mostre a ele como amar a Deus e ao próximo. Ensine-o como orar, estudar a bíblia e frequentar a igreja.
Permita que ele veja em você domínio próprio, temperança, bondade, pureza, diligência, responsabilidade, honestidade e amabilidade, assim, o caminho para o sucesso, seguramente será encurtado.