Extremistas islâmicos realizaram um massacre em uma vila de maioria cristã em Burkina Faso, deixando ao menos 200 mortos durante um ataque que durou quatro dias no início de outubro. A Missão Portas Abertas informou que o grupo terrorista invadiu a vila de Manni, começando pela emboscada e morte de 17 soldados em patrulha.
“No dia seguinte, eles voltaram à vila com o objetivo de matar mais pessoas”, informou a Missão Portas Abertas. Com um ataque brutal ao mercado local, os radicais incendiaram lojas e casas onde moradores se escondiam. “É uma tática para deixar mulheres e crianças vulneráveis a sequestros e casamentos forçados”, acrescentou a missão.
No terceiro dia, os extremistas incendiaram veículos e atacaram profissionais de saúde que ajudavam os feridos, e, no quarto dia, buscaram eliminar qualquer homem sobrevivente. Muitos moradores fugiram da vila após a sequência de ataques, e os sobreviventes, em sua maioria cristãos, abandonaram Manni para se proteger.
Este massacre é parte de uma série de ataques cada vez mais frequentes em Burkina Faso. Em agosto, um grupo ligado à Al Qaeda matou 200 civis na cidade de Barsalogho, enquanto cavavam trincheiras para se defender dos terroristas. Apenas um dia depois, 26 cristãos foram mortos brutalmente durante um ataque a uma igreja em Sanaba, revelando um padrão de ataques direcionados a comunidades cristãs e locais de culto.
“Burkina Faso enfrenta uma crescente ameaça terrorista, em parte devido à fronteira que compartilha com o Mali e o Níger, países também impactados pela violência islâmica”, explicou Todd Nettleton, da Voz dos Mártires nos EUA. “Esses ataques transbordam as fronteiras e aumentam a pressão sobre os cristãos”.
Burkina Faso ocupa atualmente o 20º lugar na Lista Mundial da Perseguição, da Missão Portas Abertas, refletindo a severa perseguição que cristãos enfrentam em meio à crescente violência.