Cristãos no Reino Unido estão enfrentando um aumento nas punições por expressarem publicamente sua fé, de acordo com o relatório provisório da Comissão de Inquérito sobre Discriminação Contra Cristãos (CIDAC). O estudo, que reuniu 1.500 respostas de cristãos, revela uma série de violações de direitos, incluindo perda de emprego, investigações criminais injustificadas, fechamento de contas bancárias e até mesmo ataques físicos.
O relatório destaca que opiniões sobre temas como casamento, sexualidade e aborto são pontos de tensão. A discriminação ocorre em vários setores, como educação, saúde e serviços governamentais, onde grupos de interesse têm adotado o que o relatório descreve como uma abordagem de “busca e destruição” contra cristãos que defendem visões bíblicas.
Um exemplo citado no relatório é o de Aaron Edwards, que foi demitido de sua posição como professor de teologia no Cliff College após compartilhar uma visão bíblica sobre sexualidade no Twitter. Edwards foi alvo de ativistas LGBT, que o assediaram online. Outro caso notório é o de Maureen Martin, uma gerente de habitação que perdeu seu emprego após se candidatar a prefeita de Lewisham em 2023 e defender publicamente o casamento tradicional.
Segundo Christian Today, o CIDAC também relatou o caso de Isabel Vaughan-Spruce, uma ativista pró-vida, que foi presa duas vezes por orar silenciosamente perto de uma clínica de aborto. Posteriormente, ela recebeu uma indenização de £ 13.000 da polícia.
O relatório sugere que os cristãos são vistos como “alvos fáceis” por grupos ativistas, que preferem mirar neles ao invés de outras religiões. A discriminação contra cristãos, segundo o relatório, é parte de um esforço maior para promover uma agenda progressista, especialmente ligada ao ativismo LGBTQI.
A CIDAC alerta que, embora a fé cristã seja protegida pela Lei da Igualdade de 2010, as evidências sugerem que essas proteções estão sendo ignoradas ou deliberadamente reduzidas. “A liberdade de praticar e manifestar a fé cristã está sendo progressivamente suprimida”, conclui o documento.
O relatório expressa preocupação com o aumento da hostilidade, que, em vez de diminuir, tem se intensificado à medida que os valores LGBTQ+ são normalizados na sociedade. A CIDAC observa que essa “perseguição precoce” aos cristãos ameaça as liberdades fundamentais de todos os cidadãos, como a liberdade de expressão e religião.
Entre os patronos da comissão estão figuras influentes, como o major-general Tim Cross e o professor de Oxford Nigel Biggar. Eles defendem que a perda dessas liberdades pode ter um impacto profundo não apenas para os cristãos, mas para toda a sociedade.