Uma organização missionária está pedindo orações urgentes pelos cristãos libaneses e civis que estão em meio à guerra no Líbano. A crise de deslocamento no país se agravou nas últimas semanas, conforme o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah, que tem sua sede no Líbano, intensificou-se, causando grandes perdas e forçando milhares a fugirem de suas casas.
De acordo com a Aliança Batista Mundial (BWA), a situação no país se tornou crítica, com mais de 1 milhão de pessoas deslocadas. Muitas famílias, incluindo cristãos, estão desesperadas em busca de locais seguros para escapar da violência que tem assolado o sul do país e a capital, Beirute. A BWA destacou que os cristãos e civis de outras religiões precisam urgentemente de apoio financeiro e orações para suprirem suas necessidades básicas.
O Pastor Maroun, um dos líderes afetados pela guerra, teve que deixar sua casa pela oitava vez. “Tínhamos passado por uma experiência semelhante durante a guerra de 2006, quando tivemos de deixar nossa aldeia e ficar no Seminário Teológico Batista Árabe por 35 dias. Por causa dessa experiência passada, não estávamos preparados para passar pelo estresse emocional, mental e físico novamente”, desabafou Maroun.
Segundo Baptist Standard, a situação no país é desesperadora, com hospitais sobrecarregados tratando pessoas feridas e escolas transformadas em abrigos para os deslocados que fugiram para o norte do Líbano. A guerra tem ceifado inúmeras vidas, com mais de 2.000 pessoas mortas após os bombardeios no sul do Líbano, conforme relatado pela NBC News.
Merritt Johnston, Diretora Executiva da BWA Women, visitou recentemente o Líbano e testemunhou de perto como os cristãos locais estão lidando com a situação. Em um vídeo divulgado pela missão, ela compartilhou como, apesar de todo o sofrimento, os cristãos estão escolhendo viver pela fé em vez de sucumbirem ao medo. “Ter que viver o dia a dia sem saber o que virá amanhã é difícil, mas eles estão escolhendo viver pela fé, não pelo medo”, relatou Johnston.
Ela ainda destacou que a atitude dos irmãos libaneses é uma lição para todos. “Se eles podem escolher viver em alegria e paz em meio à violência, outros também podem fazer o mesmo, onde quer que estejam”, refletiu Johnston.
