Dois cristãos foram presos na China em agosto de 2023, acusados de violar a legislação comunista ao compartilhar testemunhos de fé através do aplicativo de mensagens “WeChat”. A acusação oficial é de “utilização de seitas supersticiosas, sociedades secretas ou cultos para comprometer a aplicação da lei”, o que resultou em um processo criminal conduzido pela procuradoria local.
O Tribunal Popular da Cidade de Aksu havia marcado a audiência do caso para 29 de agosto de 2024, mas, devido a objeções dos advogados à condução do processo, a audiência pública foi substituída por uma conferência pré-julgamento. Durante essa conferência, os advogados solicitaram formalmente acesso a cópias dos dados eletrônicos do juiz, mas o pedido foi negado. “Esses dados eletrônicos são provas cruciais para a resolução do caso”, disse Yuan, um dos advogados de defesa, destacando a importância desses documentos para a preparação adequada da defesa. No entanto, o juiz orientou os advogados a acessá-los diretamente no tribunal.
De acordo com ChinaAid, os advogados se opuseram a essa decisão, pois, segundo a legislação, é necessário que eles tenham acesso completo aos materiais do caso antecipadamente para exercerem sua função de maneira eficaz. “Se não tivermos acesso aos materiais, o julgamento não pode ocorrer de forma justa”, argumentou Yuan.
Durante a conferência, surgiram várias irregularidades. A China Aid, organização que acompanha o caso, relatou que: