Fikiru B (pseudônimo) enfrentou graves consequências por colocar sua fé em Cristo em seu país natal, a Etiópia. Ele enfrentou a perseguição de sua comunidade e foi rejeitado pelo próprio pai, após iniciar uma igreja em seu vilarejo.
Nos momentos mais difíceis – desabrigado e passando fome – ele foi ajudado pela Missão Portas Abertas, e hoje trabalha na organização na área de pesquisa no Leste Africano.
Em sua primeira visita ao Brasil, Fikiru está compartilhando suas experiências levando ajuda a outros cristãos perseguidos.
Em entrevista ao Guiame, ele contou como foi seu encontro com Jesus e os milagres que Deus tem feito em meio a Igreja perseguida.
Guiame: Como foi o seu encontro com Jesus?
Fikiru: Eu frequentei a igreja na Etiópia desde muito cedo. Mas aquela igreja ensinava um sincretismo religioso sem fundamento bíblico, sem falar de Jesus e seu Evangelho. Então, eu recebi uma Bíblia que estava sendo distribuída por um trabalho que a Portas Abertas estava apoiando. Eu vi em um carimbo na contracapa da Bíblia que a Portas Abertas apoiava aquele trabalho. Nunca tinha ouvido falar da organização e nem conhecia este ministério.
Então, ao ler o Evangelho de Jesus, eu e um grupo, resolvemos compartilhar aquilo com outras pessoas, e um grupo de estudo bíblico e oração se formou ali. Então, em pouco tempo, milhares de pessoas frequentavam esses estudos e resolvemos, então, aceitar a Jesus.
Guiame: Por causa de sua fé, você enfrentou perseguição em seu próprio país, a Etiópia. Poderia nos contar sobre essa experiência?
Fikiru: Sim. Eu costumo dizer que a perseguição religiosa teve início na minha vida assim que a Portas Abertas me deu aquela Bíblia. Eu conheci a verdade libertadora do Evangelho e o nosso grupo crescia mais e mais. Então, os líderes religiosos daquela comunidade perceberam que um novo movimento e uma nova fé nascia ali e que nós não participávamos do sincretismo religioso que eles pregavam. E eles ficaram muito bravos e nos atacaram, levantaram a comunidade contra nós, nos excomungaram e nos chutaram para fora daquela igreja.
O que mais me doeu, no entanto, foi que meu pai, assim que viu que eu fazia parte daquele movimento, também me rejeitou. Formamos uma igreja, mas a comunidade, inflada pelos líderes religiosos, atacaram e destruíram a nossa igreja. Meu pai me colocou para fora de casa e minha comunidade me expulsou. Estávamos sós, sem trabalho ou dinheiro, passando fome e necessidade.