‘Vocês sabem estas coisas, meus amados irmãos. Cada um esteja pronto para ouvir, mas seja tardio para falar e tardio para ficar irado. ‘
Tiago 1:19
Grande parte dos pais tem a tendência de se irritar rapidamente, são rápidos para falar e lentos para ouvir. Muitos falam, falam, corrigem, corrigem e corrigem! Por mais que a intenção do coração seja boa, essa atitude fecha a porta para a comunicação aberta e não constrói bons relacionamentos. Mas o Senhor já nos deu a fórmula:
Precisamos ser prontos para ouvir, mas tardios para falar e tardios para ficar irado.
PRINCÍPIO DA COMUNICAÇÃO ABERTA: “OUVIR PRIMEIRO”
Desenvolver o hábito de ouvir ativamente, sem reações imediatas, é essencial. Ouvir deve ser praticado conscientemente, pois é fundamental para entender verdadeiramente os filhos. É necessário prestar atenção tanto nas palavras ditas quanto nas não ditas, percebendo as emoções e o coração dos nossos filhos.
Muitas vezes, enquanto nossos filhos estão falando conosco, em vez de ouvi-los, já estamos pensando no que queremos lhes dizer. Antes de terminarem já estamos ansiosos para lhes dar uma ótima solução. A Bíblia nos adverte de não fazermos isso.
“Responder antes de ouvir é tolice e vergonha.”
Provérbios 18.13
DESCONEXÃO ENTRE PAIS E FILHOS
Muitos acreditam que o problema entre pais e adolescentes é um “gap geracional”. Contudo, o verdadeiro problema é um “gap de comunicação”. Pais muitas vezes desconhecem as preocupações, medos, sonhos, interesses e amigos dos filhos. Adolescentes se abrem mais com colegas porque sentem que são ouvidos sem julgamento ou correções constantes, enquanto com os pais, temem sermões e reações imediatas.
Precisamos aprender o segredo de sondar o coração de nossos filhos, para que eles falem de coração para coração conosco. É somente ouvindo que podemos entender melhor o coração deles.
A CHAVE PARA UMA COMUNICAÇÃO ABERTA
Para estabelecer uma comunicação aberta, é necessário criar um ambiente onde os filhos se sintam livres para compartilhar pensamentos e sentimentos sem medo de julgamento. Isso envolve ouvir com empatia e interesse genuíno. Aqui estão algumas dicas que podem te ajudar a criar esse ambiente seguro:
– Estar Disponível:
Aproveite as oportunidades de conversa, mesmo que sejam espontâneas.
– Atenção Plena:
Demonstre interesse genuíno quando os filhos falarem, evitando distrações.
– Evite Sermões:
Faça perguntas abertas e escute atentamente, incentivando a expressão dos sentimentos dos filhos.
– Clarifique e Parafraseie:
Certifique-se de entender as emoções e pensamentos dos filhos, mostrando empatia. Pergunte: “Você está dizendo que…?” ou “É isso que você quer dizer?” Depois, deixe-o responder para afirmar ou corrigir seu entendimento.
– Interaja com Calma:
Reaja com compreensão, não com raiva, para manter a comunicação aberta.
– Temas Abertos:
Nenhum assunto deve ser tabu, incluindo questões sexuais, abordando tudo com naturalidade. Nossos filhos precisam ser capazes de conversar conosco sobre qualquer coisa, sem se sentirem envergonhados.
– Use Exemplos e Histórias:
Compartilhe experiências pessoais e histórias que possam se relacionar com a situação dos filhos. O compartilhamento envolve seus filhos em sua vida, quando fazemos isso os encorajamos a compartilhar também.
– Orações em Família:
Pergunte como pode orar pelos filhos e compartilhe como eles podem orar por você, fortalecendo a conexão espiritual. Pergunte se Deus respondeu às orações e conte como Deus respondeu às orações que você fez por eles.
A comunicação aberta exige paciência e prática. Ao ouvir mais e falar menos, os pais entenderão melhor seus filhos, criando um ambiente de amor e compreensão. Isso fortalecerá a influência dos pais na vida dos filhos, ajudando-os a crescer com valores e caráter cristão, seguindo o exemplo de Cristo.
Em Efésios 4.15, Deus nos instrui sobre como falar com nossos filhos, mesmo em situações que podem nos deixar inquietos ou chateados:
“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.”
Quando falamos a verdade em amor, enquanto somos modelos do caráter cristão, ajudamos nossos filhos a internalizarem os princípios que estamos compartilhando e, assim, nos tornamos mais semelhantes a Cristo no caráter e comportamento.