O União Brasil, um dos partidos mais representativos na oposição ao governo baiano, elegeu prefeitos em cidades de grande porte, como Salvador, Feira de Santana, Lauro de Freitas, Simões Filho, Ilhéus e Barreiras.
A lista ainda pode aumentar com Vitória da Conquista, caso a Justiça valide a vitória de Sheila Lemos, que venceu nas urnas com 58,83% dos votos, mas não pode ser considerada eleita até que seja julgado um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Outra cidade que se torna crucial nesse momento é Camaçari, onde candidatos Caetano (PT) e Flávio (União Brasil) irão disputar, pela primeira vez na história do município, o segundo turno.
O cientista social Cláudio André, professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), explica que, primeiro, é importante entender que o eleitorado baiano está muito além desses 20 municípios. A Bahia possui 417 cidades com mais de 11,2 milhões de votantes e a base governista venceu em 309 cidades, onde os prefeitos também vão influenciar o voto.
Apesar disso, o resultado de 2024 é um termômetro e a oposição tem tido vitórias políticas em cidades importantes, observa ele.
“É o mesmo cenário de 2020, né? Quando o partido, à época o Democratas, foi muito forte na eleição, teve aliados também que foram eleitos e conseguiu brigar ali pelo governo do estado, mas perdeu. A oposição, ao conseguir se sair bem nestas cidades estratégicas, consegue reforçar a sua liderança política. Estas cidades são polos para outras cidades menores”, analisa.