As movimentações decorreram da vantagem de Trump em estados-chave (como Geórgia e Carolina do Norte), que coincidiu com o horário de negociação asiático, emolduram projeções do mercado.
Há uma expectativa de que as políticas antimigração e de redução de impostos, propostas por Trump, pressionem a inflação. Adicionalmente, o mercado é otimista quanto a uma nova rodada de cortes nos juros pelo FED, o Banco Central americano.
Ações e rendimentos dos títulos do governo subiram ligeiramente. O bitcoin disparou para máximas recordes na Ásia –movimento associado à possibilidade de estímulo econômico sob uma administração do republicano.
O dólar se valorizou em relação ao iene japonês, peso mexicano e ao yuan chinês.
Os futuros do S&P 500 ESc1 e do Nasdaq NQc1 subiram mais de 1%. Wall Street aposta que, além dos cortes de impostos prometidos pelo ex-presidente, haverá menos regulamentações corporativas.
Já as ações europeias demonstram menos entusiasmo, uma vez que as políticas tarifárias de Trump, se implementadas, podem desencadear uma guerra comercial global e ameaçar as exportações da União Europeia.
Os futuros do EUROSTOXX 50 STXEc1 perderam 0,61%, enquanto DAX FDXc1 caíram 0,55% e FTSE FFIc1 ficaram estáveis.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos US10YT=RR saltaram para uma máxima em quatro meses, atingindo de 4,471% e superando o topo da semana passada, de 4,388%. Os rendimentos dos títulos de dois anos US2YT=RR subiram para 4,312%, de 4,189% no final de Nova York.
Andrew Brenner, chefe de renda fixa internacional na National Alliance Securities, disse ao The New York Times que a reação inicial favorece Trump.
Os analistas assumem que os planos do republicano para imigração restrita, cortes de impostos e tarifas abrangentes, se implementados, jogam mais pressão sobre a inflação e os rendimentos dos títulos do que as políticas de centro-esquerda de Harris.