Artistas são contra a censura. Também sou; o direito de expressão não pode ser negado a ninguém, por mais que pense diferente da gente. Porém, a prepotência da elite cultural quer impor seu jeito liberal de pensar e ditar regras do que posso ou não censurar. Quer ter o direito de dizer, fazer e pensar e, ao mesmo tempo, diz que não posso indignar-me contra uma arte que me agride. Luta contra a censura e me censura o tempo inteiro.
Sou censurado por ser cristão, por ser evangélico; por ser pastor, por ser fiel à minha esposa; por ter os amigos que tenho; por não aceitar o aborto; por não concordar com a ideologia do gênero; por acreditar na vida após a morte e por defender a família tradicional, entre outras coisas.
Sou criticado, discriminado, acusado de enganador, falso profeta, explorador da fé, aproveitador de incautos, enriquecer à custa da ignorância e boa fé do povo, mas não posso censurar quem quer que seja.
Os pretensos “donos da verdade” acham-se no direito de protestar, mas querem arrancar -me o mesmo direito; podem apregoar na mídia o que creem a alto e bom som, enquanto tenho que ter minhas crenças só para mim, controladas, silenciadas; ou sou taxado de retrógrado, ignorante, atrasado e alienado da realidade.
Prefiro ser retrógrado, ignorante, atrasado e alienado a permitir que minhas netas vejam a tal “arte” ou toquem no corpo de imorais arrogantes que pretendem fazer a cabeça inocente de crianças, impondo atitudes que estrupam a inocência. Minha velha mãe me ensinou os valores que fizeram grande os grandes do passado. Permissividade não constrói famílias ou muito menos valores éticos e morais. O direito de censurar é igual para todos. Não posso tirar de ninguém o direito de expressar-se, mas também ninguém pode negar-me o mesmo direito de discordar, pensar e crer diferente.