Cinco alunos da Universidade de São Paulo (USP) estão enfrentando um processo disciplinar que pode levar à sua expulsão, após acusações de antissemitismo surgirem em outubro de 2023.
O caso começou durante uma assembleia do Centro Acadêmico Favo 22, quando foi distribuído um informe sobre o conflito entre Israel e Hamas, no qual Israel foi acusado de praticar “genocídio” e manter uma política “fascista, colonialista e racista”. O Centro Acadêmico, em seguida, pediu desculpas, atribuindo o documento a outro grupo, o Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino.
A coordenadora do curso de ciências moleculares da USP, Merari de Fátima Ramires Ferrari, enviou um relatório à pró-reitoria, sugerindo punições administrativas, afirmando que o discurso propagado feriu tanto o código de ética da universidade quanto a Constituição Federal.
Em resposta, o pró-reitor-adjunto de graduação da USP, Marcos Garcia Neira, iniciou um processo contra os alunos, com base no artigo 249 do Regimento Geral da USP, que prevê sanções como suspensão ou expulsão.
O processo ainda está em andamento e deve ser concluído no próximo mês, após o depoimento das testemunhas de defesa.