Tendo completado 75 anos de idade em 21 de setembro passado, apresentei ao papa Francisco minha carta de renúncia ao governo pastoral da arquidiocese de São Paulo, conforme estabelece norma canônica (cfr. Cân. 401. pár.1). A Santa Sé informou no dia 7 de outubro que o papa acolheu minha carta e dispôs que eu permanecesse ainda, por mais dois anos à frente da querida arquidiocese de São Paulo – anunciou.
A renúncia equivale à aposentadoria no mundo leigo. A Igreja Católica considera essa idade como limite para que um bispo possa ser dispensado de suas funções episcopais. Após ser aceito o pedido de renúncia, o religioso se torna bispo emérito, o que deve acontecer com dom Odilo apenas em 2026.
O gaúcho dom Odilo Scherer foi nomeado para o comando da arquidiocese de São Paulo pelo então papa Bento XVI em março de 2007, quando ocupava o cargo de secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Odilo sucedeu dom Cláudio Hummes, de quem já era bispo-auxiliar na arquidiocese.
Quando o argentino Jorge Mario Bergoglio foi escolhido papa, em 2013, Odilo chegou a aparecer entre os cotados a ocupar o cargo de líder máximo da Igreja Católica. O arcebispo continuará como pastor de cerca de 7 milhões de católicos, enquanto espera a escolha do seu sucessor.
– Sigamos em frente, preparando-nos mediante a oração para viver intensamente o Ano Jubilar de 2025, como “peregrinos de esperança”. Procuremos caminhar juntos na realização do “Projeto Emergencial de Pastoral 2024-2026”, vivendo a comunhão, a conversão e a renovação missionária de nossa Arquidiocese – disse.
O Projeto Emergencial é um documento com propostas de reorganização administrativa e pastoral da Igreja em São Paulo a ser implementado nos próximos dois anos. Durante a celebração da missa pelos seus 75 anos, dom Odilo recordou sua trajetória a serviço da Igreja, desde sua ordenação como padre, em Toledo (PR), em 1976.
– É sempre muito bom podermos dar graças a Deus pela vida. Que belo dom é esse da vida que podemos usufruir – comentou.
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