O governo brasileiro manifestou “grave preocupação” com as operações militares terrestres do exército de Israel no Sul do Líbano, considerando-as uma “violação ao direito internacional, à Carta da ONU e a resoluções do Conselho de Segurança”. Além disso, o Brasil deplorou “a continuidade dos ataques aéreos israelenses a várias regiões do país”, que resultaram na morte de mais de mil pessoas, incluindo dois adolescentes brasileiros e seus pais, além de milhares de feridos, desde o último dia 17.
Em comunicado, o governo reafirmou “a defesa do pleno respeito à soberania e à integridade territorial do Líbano” e pediu a Israel que “interrompa imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis densamente povoadas”.
O Brasil renovou “o apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção e para que alcancem, com a máxima urgência, um cessar-fogo permanente e abrangente”. O comunicado também ressaltou a “necessidade de cumprimento da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, que prevê a “completa cessação de hostilidades entre Israel e o Hezbollah” e o respeito à Linha Azul.
O governo brasileiro conclamou “a comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição a fim de conter o agravamento do conflito”. A Embaixada em Beirute continua monitorando a situação dos brasileiros no Líbano, prestando assistência consular emergencial. O Itamaraty e o Ministério da Defesa estão organizando “a realização de voo de repatriação para retirada de brasileiros”.
O governo também reiterou “o alerta para que todos deixem as áreas conflagradas, sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para aqueles que disponham de recursos, procurem deixar o território libanês por meios próprios”. O aeroporto de Beirute permanece operando para voos comerciais.