Os dias têm passado muito rápido. Às vezes me pego pensando até se a Terra tem girado mais rápido que o normal. Vejam só, já estamos encerrando o mês de setembro! (Quando eu era mais novo não parecia que o tempo corria tanto como hoje em dia).
Diferente dos outros dias, não vou postar texto sobre exortações ou sobre minhas reflexões teológicas. Vou falar sobre suicídio. Tema muito discutido no “setembro amarelo”, utilizado pra conscientizar as pessoas de algo que às vezes pode estar acontecendo debaixo de nossos olhos sem que vejamos.
Muitos irmãos que leem meus textos aqui já devem ter visto que me converti, de fato, há pouco tempo. Que antes fui ateu e neguei a existência de Deus por alguns anos. O que poucos sabem, é que passei por um momento de depressão em minha vida e alguns pensamentos de morte me vieram à mente nesse tempo. Porém, isso não é uma exclusividade dos ateus. Depressão não é falta de Deus, como vejo muitos crentes dizendo a todo momento. Já vi pessoas muito usadas por Deus entrarem em crises de profunda tristeza, o que é muito doloroso.
Tentando explicar o que eu sentia: a depressão é um sentimento de solidão, mesmo que em meio a multidões. É a sensação de que em nada e pra ninguém se é útil. É o pensamento de que o mundo padeceu em tristeza e não há nenhuma alegria ou sentido na vida. Sente-se o corpo pesado e cansado mesmo depois de ótimas horas de sono. Resumindo, é como estar em uma sala escura, sem portas ou janelas onde não há nenhum motivo para continuar vivendo.
Foi a pior época da minha vida. No entanto, vesti por meses a máscara de alguém feliz e animado para tentar esconder a dor de mim mesmo e das pessoas à minha volta.
Isso já faz um tempo, mas se querem saber, minha própria família ficou surpresa e boquiaberta quando revelei a eles esses dias que pensei em me matar em um determinado momento da minha vida.
Deus mudou minha vida, é verdade, fez sua luz brilhar em meio as trevas em que eu me encontrava. Hoje não tenho nem sinais da depressão que um dia tive. E, pra glória de Deus, estou aqui enviando essa mensagem através de um blog que alcança tantas pessoas.
Mas infelizmente não é assim com todo mundo. Por isso, peço que todos estejam sempre atentos às pessoas a sua volta. Pratiquem o amor cristão e se importem com as pessoas que estão ao seu lado! Pergunte e dedique seu tempo a todos. Não há nada mais triste do que saber que Cristo deu sua vida e a sua alegria a alguém e essa pessoa não consegue enxergar por estar tão mergulhada em tristeza.
Apesar de muitos encararem isso como uma besteira. Eu estou aqui, em primeira pessoa, pra dizer que não é. Eu entendo como é difícil e como as vezes não parece haver saídas. Entendo como é não ver alegria em nada do que se faz e pensar em tirar a própria vida. Sei do sentimento de inutilidade de solidão e como essas coisas machucam. Não se consegue sentir o amor mesmo que estejam tentando demonstrar isso a todo momento. E ainda se sente pior ainda, como se fosse uma espécie ingratidão o fato de não se conseguir sentir esse amor.
Mesmo com muitos dizendo isso a todo momento, vou pedir para que você não desista e se dê uma chance de procurar ajuda. O amor de Jesus está disponível pra você e ele não espera absolutamente nada em troca. Não importa o que você já fez ou quem você é. Alguém morreu em seu lugar para que você tivesse vida em abundância!
Qualquer sentimento contrário à vida não provém de Deus, mas sim do maligno. E se você resistiu até agora às mentiras que são contadas por satanás em seus ouvidos sobre você não ser bom o suficiente ou amado, se considere um vencedor. Afinal, se você chegou até aqui e está lendo esse texto, é porque Cristo está tentando te mostrar que ele restabeleceu em você o elo de amor com o Deus que criou tudo o que há, inclusive você! E só um elo de amor como o de Cristo impede as pessoas de abrirem mão da própria vida, pois é nele que reside toda a perfeição do amor.